FABACEAE

Amburana cearensis (Allemão) A.C.Sm.

Como citar:

Tainan Messina; Miguel d'Avila de Moraes. 2012. Amburana cearensis (FABACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

NT

EOO:

2.746.686,812 Km2

AOO:

572,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Ampla ocorrência no corredor xérico. Ocorre na Bolívia, Paraguai, Argentina e Brasil (Oliveira-Filho, 2010), ocasional nos Andes (Peru, Bolívia) e rara no sul da Argentina (IUCN, 2011). No Brasil ocorre no Nordeste (Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Alagoas), Centro-Oeste (Goiás), Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro) (Lima, 2012). Oliveira-Filho (2010) ainda acrescenta as ocorrências para Tocantins, Rio Grande do Norte e Sergipe. Ocorre na Serra de Baturité, CE (Lima; Mansano, 2011).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Tainan Messina
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Categoria: NT
Justificativa:

Apesar da ampla distribuição, a espécie foi considerada quase ameaçada por apresentar uso e estudos indicando a supressão das subpopulações. Especialistas indicam que todos os povoamentos de grandes árvores estão sendo ou foram destruídos, anteriormente junto a extração de mogno e atualmente pelo corte seletivo (Oldfield <i>et al</i>., 1998). Portanto, a espécie pode vir a ser categorizada como "Vulnerável" (VU) caso não haja diminuição da redução populacional proveniente do corte. Por isso, faz-se necessário o monitoramento efetivo da espécie.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Nome popular: "umburana-de-cheiro"; "cerejeira" (IUCN, 2011; ABP, 2012).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: Sua madeira tem valor no comércio internacional (ABP Comércio & Importação Ltda, 2012).

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Santana; Souto (2006) encontraram 10 indivíduos em 0,6 ha de parcelas, usando critério de inclusão os indivíduos com diâmetro ao nível do solo maior ou igual a 3 cm e altura total maior que 1 m.Araújo (2007) encontrou A. cearensis em amostragem de dinâmica florestal: em 2000, registrou 13 indivíduos em 0,96 ha de parcelas, usando critério de inclusão de todos os indivíduos com altura total maior que 1,0 metro, e circunferência ao nível do peito maior ou igual a 10,0 cm. Em 2005, no mesmo conjunto de parcelas encontrou 22 indivíduos.

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado
Fitofisionomia: Ocorre nas fitofisionomias estacionais: Floresta Semideciduifolia, Deciduifolia, matas nebulares anãs e florestas anãs do semi-árido (Oliveira-Filho, 2010).
Detalhes: Árvore com altura potencial em cerca de 20 m. Distribui-se por diversos biomas sulamericanos: Floresta Atlântica, Cerrado, Caatinga, Chaco e Baixo Andes. Ocorre nas fitofisionomias estacionais: floresta semideciduifolia, deciduifolia, matas nebulares anãs e florestas anãs do semi-árido (Oliveira-Filho, 2010).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3.3 Wood
Todos os povoamentos de grandes árvores estão sendo ou foram destruídos, anteriormente junto a extração de mogno e atualmente pelo corte seletivo (Oldfield et al., 1998).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.1 International level on going
"Em perigo" (EN), segundo a Lista vermelha IUCN (2011). Avaliada em 1998.
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
Encontrada nas seguintes unidades de conservação (SNUC): RPPN, Fazenda Tamanduá, município de Santa Terezinha, PB (Araújo, 2007); Ocorrência na Estação Ecológica do Seridó, RN (Santana; Souto, 2006).

Ações de conservação (2):

Uso Proveniência Recurso
Confecção de ferramentas e utensílios
Madeira útil na fabricação de móveis, cadeiras, artigos para decoração, armários, portas e outros (ABP, 2012).
Uso Proveniência Recurso
Bioativo
A espécie possui metabólitos secundários com propriedades medicinais (Canuto et al., 2008).